quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Saudade Doi


Hoje recebi esse texto via e-mail e simplemente amei. Pensei em adaptar para a minha saudade, mas pensando bem ele já diz tudo.

Espero que gostem:


"Trancar o dedo numa porta dói.

Bater com o queixo no chão dói.

Torcer o tornozelo dói.

Um tapa, um soco, um pontapé, doem.

Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua,

dói cólica, cárie e pedra no rim.

Mas o que mais dói é a saudade.


Saudade de um irmão que mora longe.

Saudade de uma cachoeira de infância.

Saudade de um filho que estuda fora.

Saudade de um gosto de uma fruta que não se encontra mais.

Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.

Saudade de uma cidade.

Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.

Doem essas saudades todas.


Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.

Saudade da pela, do cheiro, dos beijos.

Saudade da presença, e até da ausência consentida.

Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem mas sabiam-se lá.

Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.

Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.

Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ou quando alguém ou algo não deixa que esse amor siga, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é basicamente não saber.

Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.

Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.

Não saber se ela ainda usa aquela saia.

Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.

Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de sempre estar ocupada,

se ele tem assistido às aulas de inglês,

se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial,

se ela aprendeu a estacionar entre dois carros,

se ele continua preferindo Malzebier,

se ela continua preferindo suco,

se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados,

se ela contunua dançando daquele jeitinho enlouquecedor,

se ela continua cantando bem,

se ele continua detestando Mc Donald´s

se ele continua amando

se ela continua chorar até nas comédias.


Saudade é não saber mesmo!

Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;

não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;

não saber como frear as lágrimas diante de uma música;

não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.

É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...

É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.

Saudade é numca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.


Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler"


(Miguel Falabella)

3 comentários:

  1. Lido esse texto só me faço uma pergunta...o que dói mais, a saudade de um amor vivido passado ou a saudade de amar alguém de novo?

    Sinto saudades de sentir todas essas saudades descritas aqui...

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  2. Ameiiiiiii! Muitooo Lindoooooooooooo
    Vou seguir o seu blog gostei muitooooo!
    Parabénsss

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  3. Oi Gustavo!

    Fico feliz que tenha gostado! Aqui é um cantinho que coloco os textos que eu faço (sentimentos embaralhados em forma de escrita..rs) e os textos que mais gosto!Sempre que quiser leia e comente!
    beijos!

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