terça-feira, 6 de outubro de 2009

Afinidade...

Há mais ou menos 1 mês, eu recebi uma apresentação de power point com esse título. Eu, normalmente, fico um pouco de pé atrás com essas apresentações! Normalmente são aquelas frases bem piegas, sem nenhum conteúdo interessante com imagens distorcidas de fundo.
Mas por incrível que pareça esse texto veio de encontro ao que estava passando... e procurei o texto completo na internet. O texto me fez refletir bastante e ainda faz..
Desde que li esse texto, tive vontade de criar esse blog. As vezes a gente procura muitas respostas, nem sabendo direito das perguntas... e de repente ao ler um texto ao acaso conseguimos pelo menos achar um conforto para algumas dúvidas que assombram a gente.

"A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. É o mais independente.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo para o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras. É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com, nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar, ou, quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar.
Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo. Mas quem sente com, avalia sem se contaminar. Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita para poder questionar. Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças. É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidade vividas.
Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação.Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar. E para que cada pessoa pudesse e possa ser,cada vez mais a expressão do outrosob a forma ampliada do eu individual aprimorado." (Arthur Távola)

2 comentários:

  1. Nossa, sou a primeira a comentar?
    Amiga, achei lindo esse texto!!!
    Sucesso com seu blog!
    Te adoro!
    Bjos,
    Aninha

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  2. Amei o texto!
    Você começou bem. Boa sorte no seu blog!
    Um salve para você!
    Te amo. Beijos, Mamis

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